Notícia boa!
Quando terminou a minha licença maternidade, Aymee estava ainda na UTI. Consegui emendar uma férias para prolongar um pouco mais o tempo com ela, porém mesmo após as férias ela ainda internada. Tentei de várias formas algum tipo de licença que me permitisse passar um tempo a mais com ela, não só pelos cuidados dela, mas também porque era difícil me concentrar no trabalho com minha bebezinha na uti correndo sérios riscos de morte. Aymee ainda estava com ventilação mecânica, e cada dia era uma vitória, mas o coração de mãe chegava ao trabalho sufocado.
Sem outra saída, voltei ao trabalho. Graças à Deus tenho a chance de trabalhar em uma empresa maravilhosa, pude sentar de frente com meu gerente e contar toda história, consegui mudar meu horário para ficar o maior tempo possível com ela, trabalho somente meio expediente, e tenho muitos amigos no trabalho e a força que eles me deram, mais o apoio da minha família, fizeram com que eu pudesse conciliar o trabalho e os cuidados de Aymee.
Mas pude acompanhar muitas amigas de UTI, igualmente mães, que não tinham a mesma chance e optaram por pedir demissão, acarretando dificuldades financeiras para poder cuidarem de seus filhos internos.
Estar com um filho na UTI não é só dor. Com o tempo, o mundo e a rotina diária vão te puxando de volta à realidade. Você tem que lidar com dinheiro, com casa, com família, com emprego, com marido, e ainda ter o coração pesado pela dor de um filho na UTI.
Por isso acho que essa ampliação da licença maternidade é mais do que justo. Porque é bom pra criança ter sua mãe por perto, e é bom pra mãe ficar perto do filho sem ter uma preocupação a mais que é não ter condições financeiras para isso.
Aqui na torcida para que esse benefício seja logo concedido às mães prematuras!
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/961170-senado-aprova-licenca-maternidade-maior-em-caso-de-bebe-prematuro.shtml